
Quimicamente, nada poderia ser mais simples: dois
átomos de hidrogénio ligados a um de oxigénio e temos… água! A sua imortal
fórmula química – H2O – é, provavelmente, a mais conhecida do mundo. Numa
perspectiva humana, a simplicidade não é assim tão linear. Ao longo dos tempos, o homem consolidou a tendência
para considerar a água como um direito adquirido à nascença. No entanto, a
realidade vai destruindo a pouco e pouco esta fantasia. Efectivamente, a
questão da água e a nossa relação futura com este recurso vital para todos os
organismos vivos existentes na Terra, assenta, por um lado, numa natural
pressão demográfica resultante do aumento exponencial da população mundial e,
consequentemente, do aumento da procura do precioso líquido. Por outro lado,
temos o aumento descontrolado e irracional do consumo de água potável em alguns
países mais desenvolvidos. Convém recordar que, além de escassa, a água é um
recurso natural irregularmente disponível no planeta. Por exemplo, nos Estados
Unidos são gastos diariamente cerca de 7500 milhões de litros de água potável
para irrigar campos de golfe enquanto no Norte do Quénia, mulheres percorrem, a
cada dia que passa, vários quilómetros em busca de meia dúzia de litros de água
lamacenta e contaminada para sobreviverem. Existem, ainda, outros factores mais
complexos e imprevisíveis como as alterações climáticas que afectam globalmente
a dinâmica meteorológica e hidrológica da Terra e, consequentemente, a
quantidade e qualidade da água disponível para consumo.
Racionalizar o consumo
de água é promover a cidadania! Pense nisto!
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