segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

SEGURANÇA ELÉTRICA: MAIS VALE PREVENIR...



Eis uma questão à qual a maioria dos leitores não consegue responder. A eletricidade é, talvez, a forma de energia mais fascinante descoberta até hoje pelo Homem. O seu domínio ao nível da produção, utilização e aplicação traçou o destino da humanidade nas mais variadas áreas. Lazer, educação, saúde, investigação, ciências, telecomunicações, transportes, conforto, um número extraordinário de utilizações e aplicações faz da energia elétrica o “motor” do planeta. Hoje seria inconcebível um mundo sem esta forma de energia. Se tentarmos contar as vezes que ao longo do dia estamos em contacto com a eletricidade, chegaríamos facilmente às largas dezenas ou mesmo centenas. Se pensarmos um pouco, apercebemo-nos espontaneamente da enorme lista de equipamentos que diariamente utilizamos, em casa ou no trabalho, e para cujo funcionamento a energia elétrica é indispensável. Assim, seria natural que a consciência dos riscos da utilização da energia elétrica estivesse, também, sempre presente. A realidade parece não ser assim e a segurança elétrica é um conceito ainda pouco enraizado nos portugueses. Embora para muitos de nós não seja óbvio, é comum a instalação elétrica das habitações portuguesas estar dezenas de anos sem qualquer intervenção, ainda que os edifícios tenham sido alvo de remodelação.
A eletricidade é um bem precioso mas também perigoso! E a sua utilização comporta riscos. Curto-circuitos, choques elétricos ou incêndios são apenas alguns problemas associados a uma instalação elétrica que não cumpra todas as regras de segurança, pelo que esta deve ser uma questão central nas casas de todos nós.
Estima-se que 3,9 milhões de casas em todo o território português, construídas antes de 2006, tenham as suas instalações elétricas desatualizadas e potencialmente em situação de risco. Nesse ano entrou em vigor nova legislação que veio adaptar o anterior regulamento às novas exigências decorrentes da natural evolução dos perfis de utilização, frutos da evolução tecnológica e da massificação da utilização de equipamentos com maior exigência ao nível da segurança e do consumo. O que se verifica é que as instalações existentes não foram, na generalidade, alvo dessa adaptação mantendo-se inalteradas. Por outro lado, estatísticas internacionais indicam que aproximadamente 90% dos incêndios têm origem elétrica: nos equipamentos instalados, em curto-circuitos ou sobreaquecimento da instalação, por exemplo. Muitos destes acidentes acarretam avultados danos pessoais, materiais e financeiros que poderiam ser minimizados se a instalação elétrica cumprisse as mais recentes normas de segurança como instrumento fundamental para prevenir riscos, quer os relativos à segurança individual quer os associados à própria instalação e aos bens nela existentes.
Paralelamente, uma instalação deficiente acarreta problemas ao nível da eficiência podendo ocorrer desperdícios consideráveis e perfeitamente evitáveis.
A intervenção periódica qualificada numa instalação elétrica é, pois, determinante para a nossa segurança, conforto e, simultaneamente, potencia a eliminação de perdas energéticas que inflacionam a fatura elétrica. E poderemos fazê-lo a um reduzido custo, pelo menos quando comparado com o que resultará de uma intervenção na sequência de acidentes que podem resultar em danos irrecuperáveis como a perda de vidas humanas.
Pense em contatar um técnico qualificado para uma revisão/manutenção da sua instalação elétrica. Se o faz com o seu carro, com o esquentador ou até mesmo com a sua saúde, porque não fazê-lo com algo que lhe pode tirar tudo isso?
Mais vale prevenir…

Sem comentários:

Enviar um comentário